"A mulher deve ser lentamente decifrada, como o enigma que é: encanto a encanto." Coelho Neto

Levará a vida inteira para me decifrar...














quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Será que quero amar de novo?


Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos...
O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto...Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.

Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.

Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.

Martha Medeiros

2 comentários:

  1. Eu estou com medo. Na verdade muito medo ...
    Como faço p perder esse medo ... coração tantas vezes machucado ainda doi com suas cicatrizes mal curadas ... e isso me da medo.
    Deh.

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  2. O primeiro passo é descobrir quais são os sentimentos da outra pessoa. Todos sentem medo, é humano, principalmente, com desilusões muito sofridas para pessoas sensíveis como nós. O que é seu está guardado.

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